Pesquisa sobre o uso racional de medicamentos alopáticos realizada pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (ICTQ) revela que 40% dos brasileiros não consomem remédios adequadamente, o que significa não usar da melhor maneira e aumentar a probabilidade de intoxicação.
Presidente do Conselho Científico do ICTQ e ex-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo Mello alerta para a necessidade de mudança de hábitos. Segundo ele, mesmo os medicamentos que podem ser comprados sem a prescrição médica precisam ser administrados racionalmente. “A maioria das pessoas não se dá conta do risco que corre”.
Ele acredita que a publicidade massiva desses remédios em rede aberta de televisão e rádio ajuda a reforçar a ideia de que eles podem e, muitas vezes devem, ser adquiridos para uma solução imediata e independente. “Qualquer medicamento, antes de ser tomado, precisa ser indicado. O melhor a se fazer é buscar a orientação de um especialista, médico ou farmacêutico".
Um agravante dessa situação é que a população vê as farmácias e drogarias (que são estabelecimentos de saúde) como um comércio comum, igual a uma perfumaria ou supermercado.
Outro levantamento do instituto constatou que 32,2% dos brasileiros não leem datas de fabricação e vencimento de medicamentos; 46,1% não leem bulas; e 67,9% nunca conseguem seguir os horários prescritos. As informações são do jornal O Popular, de Goiânia.
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